terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Amplificador com JFET

(para pequenos sinais, configuração de polarização fixa)


Os capacitores C1 e C2 são de acoplamento, sendo é aberto para corrente contínua e curto-circuito para corrente alternada.

O resistor RG: Garante que e1 apareça na entrada do amplificador FET em CA.


Modelo equivalente

gm = transcondutância que relaciona a dependência da corrente de dreno com a tensão VGS.

rd = resistência de dreno 




Amplificação
Esta é a configuração mais simples de polarização para o JFET (configuração de polarização fixa), porém, é o menos eficiente, devido ao fato de que o ponto quiescente (=ponto de operação) variar com a temperatura e dispersão das características do próprio JFET.


Análise CA; modelo equivalente para pequenos sinais: 

Impedância de entrada:


Impedância de saída: 


Ganho de tensão:






Amplificador com auto polarização


a) Sem o capacitor Cs


b) Com o capacitor Cs






Exercício-1

Determine o ganho do circuito abaixo com:
a)     Chave aberta
b)     Chave fechada




A) Chave aberta


B) Chave fechada




Exercício-2

Determine o valor da tensão de saída para o circuito abaixo.


Solução:



JFET (Junction Field Effect Transistor)

Construção
Considera-se uma barra de silício levemente e uniformemente dopada formando o elemento de tipo N (=substrato tipo N).  Nesta barra, difundem-se duas regiões do tipo P de alta concentração de impurezas.

Assim cria-se um canal de silício tipo N entre duas do tipo P. Após a difusão das duas regiões P, deposita-se um película metálica nas extremidade da barra que servirão para contatos elétricos nos terminais do JFET chamados de Gate (gatilho, ou porta), Dreno e Fonte.

Simbologia
Existem dois tipos: Canal N e Canal P. Portanto, o transistor pode ser um dispositivo com canal n (condução por elétrons) ou com canal p (condução por lacunas). Tudo que for dito sobre o dispositivo com canal n se aplica ao com canal p com sinais opostos de tensão e corrente.

O princípio de funcionamento do JFET é bem simples. O objetivo é controlar a corrente ID que flui de fonte para o dreno (para JFET de canal N).  Este controle é feito aplicando-se uma tensão (negativa) na porta.

Sua estrutura consiste numa barra (substrato) de material semicondutor N (ou P), envolvida no centro com material P (ou N). A região N (ou P) é chamada de canal por influir na corrente controlada.

Pela figura nota-se que a maior parte da estrutura é composta do material do tipo n, formando o canal entre as camadas imersas de material do tipo p. A parte superior do canal do tipo n está conectado por contatos ôhmicos ao terminal denominado Dreno (D), enquanto que a parte inferior do mesmo material está conectada ao terminal denominado Fonte (S). Os dois materiais tipo p estão ligados entre si e ao terminal Porta (G).

Resumindo: o dreno e a fonte estão conectados aos extremos do canal n e a porta às duas camadas do material do tipo p. Portanto, deverá haver um fluxo de elétrons da Fonte (S) para o Dreno (D), onde este, por sua vez, será controlado pela Porta (G).



Polarização do JFET


A figura acima mostra a polarização convencional de um JFET com canal n.

Uma alimentação positiva VDD é ligada entre o dreno e a fonte, estabelecendo um fluxo de elétrons livres (corrente) através do canal.  Esta corrente também depende da largura do canal.

Uma ligação negativa VGG é ligada entre os terminais Porta e a Fonte. Com isto a porta fica com polarização reversa, fluindo apenas uma corrente de fuga, portanto, há uma alta impedância entre a porta e a fonte. A polarização reversa cria camadas de depleção (barreira de potencial) em volta das regiões p e isto estreita o canal condutor (D-S). Quanto mais negativa a tensão VGG, mais estreito torna-se o canal. 

Quando a tensão no Gate for suficientemente negativa, as camadas de depleção se tocam e o canal condutor desaparece, portanto a corrente de Dreno é nula (está cortada).  A tensão no Gate que produz o corte é representada por: VGS(corte).



Temos as seguintes condições:

1) LARGURA DO CANAL: depende da tensão VGG, isto é, quanto mais negativa, maior será a região de depleção e, portanto, mais estreito o canal.

2) TENSÃO DE CORTE: é a tensão suficiente para desaparecer o canal (VGScorte) também conhecida como Tensão de Deslocamento (pinch-off).

3) CORRENTE DE FUGA DA PORTA: como a junção da porta opera em polarização reversa, tem-se uma corrente baixa; desta forma, a CORRENTE DE DRENO é igual à CORRENTE DA FONTE (ID).  Esta é a causa da alta impedância de entrada dos JFET.    Observação: Como a polarização reversa entre a porta e a fonte (VGS) não consome corrente e a largura do canal depende de VGS, o controle de ID é efetivamente feito pela tensão da porta.





Curva característica



Curva de transcondutância

A curva de transcondutância é o trecho de uma parábola e sua equação é:




Exercício

Escreva a equação da transcondutância para o JFET cuja característica é mostrada na figura. Determine a corrente de dreno quando VGS = - 4V e quando VGS = - 2V 

Solução:

De equação de transcondutância:


VGS = ‒ 4 (V)



VGS = ‒ 2 (V)






Auto Polarização

A auto polarização consiste em usar a tensão através do resistor RS para produzir a tensão reversa entre Gate e Fonte.  Se a corrente de dreno aumentar a tensão através de RS aumentará, isto aumenta a tensão reversa entre Gate e Fonte, o que faz o canal se estreitar e reduzir a corrente de dreno.  Analogamente, se a corrente de dreno diminuir, a tensão reversa entre Gate e Fonte diminuirá e o canal torna-se mais largo, fazendo com que a corrente de Dreno aumente.

Como o Gate tem polarização reversa, a corrente de Gate é nula (somente existe corrente de fuga), portanto, VG = 0.




Exercício

Considere o circuito abaixo para os próximos exercícios (1 a 5).

1) Calcular: VRS, VRD, RD e RS

Dados: VDD = 15 V,  ID = 2mA,  VGS = -1 V,  VDS = 7 V






2) Calcular: ID, RS e RD

Dados: RD + RS = 10 kΩ,  VDD = 20 V,  VGS = - 1 V e VDS = 10V


Calculo da corrente ID:


Cálculo do resistor RS:



Cálculo do resistor RD:


3) Calcular: RD e RS

Dados:  VDD = 20 V,  VRS = 10,5%VDD,  VDS = 30%VDD e Pf = 28 mW


Cálculo do resistor RD



Cálculo do resistor RS



4) Calcular: RD, RS e VDS

Dados: Pf = 20 mW,  PRD = 7PRS,  (PD)max = 2PRS,  VDD = 20V

Sendo:  P = V*I  e  (PD)max = VDS*ID


Cálculo da corrente ID

Cálculo da potência da resistência RS


Cálculo do resistor RS


Cálculo do resistor RD


Cálculo da tensão VDS





5) Calcular: ID, VDS,  RD,  RS

Dados: VDD = 12V,  RD + RS = 3 kΩ,  VRS = 1,2V,  IDSS = 5mA,  VGScorte = - 4V
E a formula:


Solução

Cálculo da corrente ID


Cálculo do VDS


Cálculo do resistor RD


Cálculo do resistor RS

Circuito RLC – Paralelo (CA)


Para este tipo de circuito podemos ter a situação de (X L) = (X C) isso ocorre numa determinada freqüência chamada FREQUÊNCIA DE RESSONANCIA (f0).

Na Freqüência de Ressonância teremos a máxima impedância, (Z = R), consequentemente a mínima corrente (I = V/R).

A Frequência de Ressonância pode ser calculada pela expressão:



Exemplo:

Correntes no resistor, indutor e capacitor


Corrente total


Impedância total


Valor do indutor


Valor do capacitor




Exercício-1



(1) Cálculos de correntes


(2) Impedância equivalente


Valor do indutor


Valor do capacitor


Frequência de ressonância





Exercício-2



Tensão sobre Z3


Corrente em Z2


Corrente em Z1


Corrente total


Impedância equivalente